segunda-feira, julho 21, 2003

Nota coevolutiva

Danaus plerippus A borboleta monarca



Alcança até 95 mm de envergadura. Seu vôo, geralmente, é baixo, em lugares abertos. Alimenta-se do néctar de pequenas flores. Tem hábitos migratórios e pode viver longos períodos em jejum. Os ovos são postos nos botões das flores ou sob as folhas da planta tóxica oficial-de-sala (Asclepias curassavica). Ao eclodirem, nascem lagartas de listas amarelas e pretas, que se alimentam das folhas dessa planta, tornando-se imunes, mesmo na forma adulta, a predadores, como pássaros; porém, continuam suscetíveis ao ataque de certas espécies de vespas e moscas, que actuam em seu controle populacional.
Esta borboleta ganhou fama por protogonizar a maior migração conhecida de um invertebrado, migrando do Canada ate ao Mexico. Mas a sua coloração tb é famosa, já que muitas borboletas imitam a monarca para evitar serem abocanhadas pelos passarocos. Mas estas defesas serão elas binarias, tipo umas são venenosas e outras não? a resposta vem da sua particular alimentação: é na planta que a lagarta vai ganhar as suas defesas; e é no género Asclepias que reside o desagradavel veneno. Mas há plantas mais e menos venenosas, ou mesmo não venenosas de todo; paralelamente, há lagartas não venenosas, pouco venenosas e muito venenosas, assim com as borboletas em que se transformam. O grau de toxicidade é variavel e não binario (tipo sim ou sopas). Mas esta complexa fisiologia é eficaz contra os passaros; os predadores alados não se devem questionar "como ou não como a lagarta suculenta ou a borboleta apetitosa?"; nã, os passarocos devem fazer uma questão muito mais filosofica/probabilistica: "se comer esta borboleta, qual a probabilidade de ela ter um gosto abominavel?" "sera que vale a pena?". Portanto, a questão não é simples, mas sim tipo roleta russa do mundo animal. So que no mundo natural os passaros são suficientemente espertos para não andarem para ai a jogar a roleta russa; esse tipo de idiotices aplica-se melhor ao genero humano.....e assim a Monarca raramente é abocanhada por um passaro.

PP

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