terça-feira, julho 01, 2003

Desemprego, a quanto obrigas

Se as condições laborais em Portugal já são o que são, então as dos desempregados são dignas de um "admirável mundo novo". Se não, vejam o testemunho hoje no público. Não compensa ser honesto em Portugal; já é difícil viver com um magro subsídio de desemprego, mas para agravar a situação, vale tudo da parte da administração para se livrar destes incómodos sorvedores do erário público. Como se não tivessemos descontado previamente para poder sobreviver nos momentos difíceis. Da próxima vez que me ausentar, o certo é que vou seguir o concelho dado no Público e não declaro nada; ironicamente são os próprios funcionários da segurança social a aconcelhar tal comportamento, dada a injustiça gritante desta medida. Para usufruirmos do subsídio, temos que estar sem fazer nada, em casa, à procura de emprego. Se saímos da cidade, temos que avisar. Mas se sairmos tempo suficiente, cortam-nos o subsídio. Ele há os cidadões de 1ª e de 2ª, e claramente, os desempregados são de 2ª, esquecidos pelo governo e mesmo pelos sindicatos.

PP

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